segunda-feira, 30 de março de 2009

A Carioca

A Carioca caminha pela praia,
Sorriso de Musa, cinturinha de pilão,
Não há beleza assim noutro lugar,
Não há como fugir da paixão.

A Carioca de pele bronzeada,
Tem os pés banhados pelo mar,
O Sol, a Lua e as Estrelas,
Sabem que jamais me amará.

Mas nem por isso deixa de ser bela,
E nem por isso me deixo enganar,
Quisera eu um dia ser como ela,
Teria tanta gente a me adorar.

Soubesse a Carioca o que tenho no peito,
Seria eu um tolo a sonhar,
Um sonho de amor com ela em meu leito,
A vida de sonhos que venho a levar.

Pra que servem as belas palavras,
Se o que ela deseja eu não posso dar?
Sorrisos e poemas de amor nada valem,
Se contas altas não posso pagar...

(Oliver Sabá)

quarta-feira, 25 de março de 2009

O dia da poesia...

No dia da poesia,
Resolvo escrever uma linha
Linha pura e sem rima
Assim como a vida
Sem beleza e fantasia
De onde estou não vejo o mar
Não há brisa e nem gaivotas
Pois diga-me então, o quê há?

No dia da poesia não estimo dias a vir
Desejo apenas dormir
Que a vigília não traz-me alegria
Nem mesmo na contemplação,
De um vôo de andorinha
Nem mesmo na solidão,
De uma longa vida vazia

No dia da poesia resolvo fazer um verso
Que não seja vil e nem perverso
Assim como a vida,
Sem beleza e fantasia...

(Oliver Sabá)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Amor em dez linhas

Falar de amor em dez linhas
É tarefa mais difícil que conheço
Se penso em ti ao meu lado,
Sozinho em casa padeço
Mas amor não é tristeza e solidão
É algo similar a paixão
É tudo aquilo que tenho no peito
Tudo que sinto é difícil dizer
Mas a única forma que conheço
É dizendo que ... Eu amo você.

(Oliver Sabá)

domingo, 15 de março de 2009

Não sei o que fiz

Em minhas mãos há uma caneta,
Que só escreve palavras tristes,
Não há Lírios e nem Violetas,
Só um coração como nunca vistes.

Não quero saber de rimas inocentes,
Não quero saber de promessas de amor,
A beleza do mundo já não me convence,
Um mundo repleto de sofrimento e dor.

Quisera eu não pensar dessa forma,
Quisera eu ser poeta feliz,
Mas toda essa dor que me assola,
Não sei de onde vem, não sei o que fiz...

(Oliver Sabá)

terça-feira, 10 de março de 2009

Mais um soneto

Um sei o quê,
Não sei de onde,
Me enche o peito,
Não sei pra quê.

Um calor,
Que queima sem fogo,
Uma dor,
Que dói sem doer.

Quisera eu,
Saber o quê,
Que pode ser e que não é.

Soubesse eu,
O quê fazer,
Faria sim, não sei pra quê...

(Oliver Sabá)

quinta-feira, 5 de março de 2009

A notícia

Recebi uma carta infeliz,
Trazia notícia cruel,
A morte tirava-me alguém,
Que ontem usou fino véu.

Ontem foi bela bonança,
Havia frutas e vários amigos,
Crianças corriam sem perigo,
Senti-me feliz junto ao céu.

Hoje não há alegria,
A morte cortou-me o viver,
A musa já não mais respira,
A vida tornou-se sofrer.



(Oliver Sabá)

domingo, 1 de março de 2009

O que será?

O amor não é fogo e nem arde,
Talvez uma brisa suave,
Não é ferida nem dói,
Não é ácido e nem corrói.

É um sentimento indescritível,
Para os poetas, impossível,
O amor é brisa de verão,
Que arde menos que a paixão.

Ele é a vitória na derrota,
É esperar atrás da porta,
É alegria na tristeza.

Ele é enlace a liberdade,
Cultuar a vaidade,
É riqueza na pobreza.



(Oliver sabá)