A namorada vem em trote
O meu coração afar,
Contra tudo o que pensaste
Eu só posso lamentar,
Já que flores prometi
Não tive grana pra comprar,
Pois sou pobre trovador
Sem coroas a gastar.
Bem faria Corcel Branco
Não trazê-la para cá,
Não veria a musa em pranto
E nem um tolo a lamentar,
Quem deseja ouvir o canto
De um pequeno sabiá,
Se as aves do meu campo
Cantam mais do que as de lá?
A namorada ouviu o galope
De um Rocinante a chegar,
Desmontei num só golpe
E corri a lhe entregar,
O que saquei do capote
Recebeu a cantarolar,
Sendo eu um Dom Quixote
A Dulcinéia vou beijar.
Bem faria o trovador
Sua dama exaltar,
Com poemas de amor
Mas sem flores a dar,
Sendo eu um escritor
Com uma musa a declamar,
Dou-te as rimas de amor
Que acabei de inventar.
(Oliver Sabá)
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
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Show de bola! Parabéns!
ResponderExcluir=) belo
ResponderExcluirDe fato está bem elaborado, as rimas estão perfeitas!
ResponderExcluirRimas alternadas, sem perder a profundidade, a emoção, conduzindo o leitor...(Reticências)...rs
A quarta estrofe está linda, sobretudo os dois últimos versos quando o eu lírico entrega certamente junto as rimas inventadas o verdadeiro sentimento.
Parabéns!
Gostei muito,esta muito bem feita.Como já foi comentada pela Mirim realmente o leitor se aprofunda na poesia não é uma poesia travada e sim suave,fazendo que o leitor ao ler sua mente se aprofunda imaginado toda a cena da rima.Muito bom perfeito.
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